Preciso encontrar-me,
Porque por vezes não sei quem sou,
O que faço ou o que falo.
Sinto-me vazia, sem o meu eu,
Não sei de onde venho,
Nem para onde vou.
Os meus passos estão perdidos,
Não encontram um caminho.
Estou errada nesta estrada sem fim,
Tudo me parece distante, ausente,
Incessantemente decadente.
Dantes tinha brilho nos olhos,
Mas agora as luzes estão apagadas.
Não tenho medo do escuro, habituei-me a ele,
Companheiro de longas horas.
As fortalezas também caem,
As pontes também desabam,
Os muros reconstroem-se...
Mas se eu partir não volto mais!
Olá!!! Parabéns pelo seu blog, adorei seu cantinho.
ResponderEliminarBeijos da amiga Léa.
Alegria ◕
ResponderEliminarAlegria
De passadas tristezas, desenganos
amarguras colhidas em trinta anos,
de velhas ilusões,
de pequenas traições
k achei no meu caminho...,
de cada injusto mal, de cada espinho
k me deixou no peito a nódoa escura
duma nova amargura...
◕◕◕◕◕
De cada crueldade
k pôs de luto a minha mocidade...
De cada injusta pena
qk um dia envenenou e ainda envenena
a minha alma k foi tranquila e forte...
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Alegria s/ causa, alegria animal
k nenhum mal
pode vencer.
Doido prazer
de respirar!
Volúpia de encontrar
a terra honesta sob os pés descalços.
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Prazer de abandonar os gestos falsos,
prazer de regressar,
de respirar
honestamente e s/ caprichos,
como as ervas e os bichos.
Alegria voluptuosa de trincar
frutos e de cheirar rosas.
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Alegria brutal e primitiva
de estar viva,
feliz ou infeliz
mas bem presa à raíz.
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Volúpia de sentir na minha mão,
o pão.
Volúpia de sentir-me ágil e forte
e de saber enfim k só a morte
é triste e s/ remédio.
Prazer de renegar e de destruir o
T
É
D
I
O
Esse estranho cilício,
e de entregar-me à vida como a um
V
I
C
I
O
Alegria!
Volúpia de sentir-me em cada dia
mais cansada, mais triste, mais dorida
mas cada vez mais agarrada à Vida.
◕◕◕ ILDIVA ◕◕◕